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domingo, 26 de junho de 2011

30 ANOS DE LEI AMBIENTAL, O QUE FAZER PARA CUMPRI-LA?

Dia 31 de agosto completará 30 anos a Política Nacional do Meio Ambiente, consolidada na Lei 6.938. Que balanço se pode fazer dessas três décadas?
A lei surgiu no momento em que o mundo se preocupava com os primeiros relatórios sobre o buraco na camada de ozônio, sobre a intensificação de mudanças climáticas em consequência de ações humanas, com as altas taxas de perdas de florestas. O temor das consequências do buraco na camada de ozônio, até sobre a saúde humana (câncer de pele, principalmente), levaria a um dos raríssimos acordos globais na área dita ambiental: o Protocolo de Montreal, de 1987, que determinou a cessação do uso de gases CFC, principalmente em sistemas de refrigeração. Clima e biodiversidade (em perda acelerada) constituiriam os objetos centrais da conferência mundial Rio-92, que aprovaria uma convenção para cada área, além da Agenda 21 global e de uma declaração sobre florestas.
Talvez o maior êxito dessas três décadas seja a construção de uma consciência social nessa área – embora frequentemente ela não se traduza em avanços práticos. Ainda há poucos dias foi divulgada pesquisa de várias instituições segundo a qual 95% das pessoas ouvidas não concordam com modificações no Código Florestal que permitam plantações e pecuária em áreas de preservação permanente, como encostas, topos de morros e margens de rios. E querem que cientistas sejam ouvidos, além de não concordarem (79%) com anistia a desmatadores.
A questão central não resolvida pela lei está na carência de recursos para implantação de políticas e fiscalização eficiente. Já se tem comentado aqui que o Ministério do Meio Ambiente tem pouco mais de 0,5% do Orçamento federal e que também nos Estados e municípios os recursos são escassos. Não é por acaso, assim, que já tenham sido desmatados uns 20% do bioma amazônico, mais de 93% da Mata Atlântica, mais de 50% do Cerrado e da Caatinga. E que esse desmatamento, aliado a queimadas, seja a causa principal das emissões de gases que contribuem paramudanças climáticas.
[...] Outra obrigatoriedade criada pela lei e não cumprida é a que manda cobrar do poluidor os custos por ele gerados. Quem se lembra disso na área da poluição do ar e nos custos que gera para o sistema de saúde, ou na implantação dos sistemas viários urbanos e de rodovias? Ou na área do lixo?
Talvez importantes avanços possam vir a ser feitos quando se levar à prática a exigência de uma resolução (1/86) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que manda “contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto”. Iniciativas como a transposição de águas do Rio São Francisco ou a Hidrelétrica de Belo Monte resistiriam a uma análise dessa natureza? Ou o plano de usinas nucleares?
Cabe à sociedade exigir, neste 30.º aniversário, que a lei seja integralmente cumprida.
Washington Novaes é jornalistas – wlrnovaes@uol.com.br. -Publicado originalmente no jornal O Estado de São paulo.

AQUECIMENTO GLOBAL: REFLORESTAMENTO TEM IMPACTO LIMITADO

Segundo as pesquisas, reflorestar os trópicos é três vezes mais eficaz do que fazê-lo em latitudes mais elevadas, ou em regiões temperadas.
1356 Aquecimento global: reflorestamento tem impacto limitado
São necessárias várias décadas para que os bosques sejam capazes de captar o CO2.
Um estudo publicado na revista científica “Nature Geoscience” revela que, apesar de as florestas serem importantes sumidouros de carbono, os projetos de reflorestamento terão um impacto limitado no aquecimento global.  O estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Victoria e de St Francis Xavier, no Canadá, simulou modelos de reflorestamento no período entre 2011 e 2060.
A pesquisa concluiu que o reflorestamento não pode substituir a redução de emissões de gases de efeito estufa. Odesmatamento, sobretudo nas selvas tropicais, é causador de 10% a 20% das emissões de gases-estufa do planeta.
Foram examinados os efeitos que a água, o solo e o ar sofreriam se a temperatura da superfície terrestre aumentasse 3° C em 2100, com relação aos níveis pré-industriais de 1850. Mesmo se todas as terras cultivadas do mundo fossem reflorestadas, isto só reduziria em 0,45°C o aquecimento mundial no período de 2081-2100, segundo os resultados.
Isto porque são necessárias várias décadas para que os bosques sejam capazes de captar o CO2. Um reflorestamento de 50% das terras cultivadas só limitaria a elevação da temperatura em 0,25º C. E como as terras cultivadas são essenciais para alimentar a população mundial, que será de nove bilhões de pessoas em 2050, estes resultados são irreais.
Segundo as pesquisas, reflorestar os trópicos é três vezes mais eficaz do que fazê-lo em latitudes mais elevadas, ou em regiões temperadas. Os bosques são mais escuros do que as terras cultivadas e, portanto, absorvem mais calor. Plantar em um solo coberto de neve ou de cereais de cor clara diminui o denominado “efeito albedo”, que é a quantidade de luz solar refletida do solo para o espaço.
Com informações do jornal Folha de São Paulo. - Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.

domingo, 5 de junho de 2011

5 DE JUNHO - DIA DO MEIO AMBIENTE!


http://www.portalmariana.org - Discurso de Severn Suzuki da Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente, realizado durante a ECO 92 no Rio de Janeiro na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

RS: NO DIA DO MEIO AMBIENTE, GRUPO REMA POR DESPOLUIÇÃO DE ARROIO

Na manifestação, grupo levou cartazes de incentivo à despoluição do Arroio Dilúvio
Foto: Fabiano Krauze Vieira/caiaquesemfronteiras/Divulgação

Um grupo de remadores de Porto Alegre (RS) realizou uma manifestação contra a poluição no Arroio Dilúvio na capital neste domingo. Cerca de 15 associados do Clube de Regatas Almirante Barroso portavam, em 10 caiaques, faixas alusivas ao tema neste Dia Mundial do Meio Ambiente. Segundo um dos organizadores, o empresário Gustavo Geyer, 38 anos, a manifestação foi "pacífica e ecológica, em defesa da despoluição e revitalização do Arroio Dilúvio, poluído a mais de 40 anos".
Os remadores, que criaram um grupo chamado Expedições e Aventuras (EXA), partiram por volta das 10h30 do encontro do arroio com o lago Guaíba e remaram até chegar no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a avenida Ipiranga (um trajeto superior a pouco mais de 1 km) por volta das 11h15. No entanto, Geyer disse que eles partiram também à remo da sede do clube, distante cerca de 8 km da foz do arroio, à beira do lago Guaíba, e voltaram para lá também pela água.

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